Tropa de elite com garra e missão: conheça o BOPE

Tropa de elite com garra e missão: conheça o BOPE

Idealizado em 1974, o grupo atua em situações criticas ou missões especiais e está entre os sete treinamentos policiais mais difíceis do mundo

Garra é uma palavra que define bem os profissionais que atuam no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). A ideia de criar um grupo de policiais treinados especialmente para atuar em situações de resgate e extremo risco surgiu depois do trágico desfecho da ocorrência no Instituto Penal Evaristo de Moraes, em 1974, com reféns.

O grupo já foi retratado ficcionalmente em um dos filmes nacionais mais famosos: o Tropa de Elite, adaptação dirigida por José Padilha. Mas, se você conhece o BOPE só pelas telonas, está na hora de saber mais sobre como é o dia a dia desses agentes.

Hoje, vamos conversar sobre como o BOPE atua e como é feito o treinamento de um dos grupos mais importantes da Polícia Militar.

O que é o BOPE?

O BOPE é uma força de operações especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), subordinada diretamente ao Comando de Operações Especiais. O grupo foi idealizado em 1974, mas só foi criado oficialmente quatro anos depois.

O Batalhão, considerado uma tropa de elite da polícia, é treinado especialmente para situações de exceção e de alto risco, bem como para resgate de reféns. O foco deste grupo, no entanto, é o combate ao crime em favelas.

Esses agentes são instruídos para entrar nos morros das favelas do Rio de Janeiro e usar os mais diversos métodos para extinguir a criminalidade nestas regiões, especialmente o tráfico de drogas. Os “caveirinhas”, como são chamados, podem ser descritos como verdadeiras máquinas de guerra.

O que é preciso para fazer parte do BOPE?

Para ser do batalhão de elite, é necessário se enquadrar em alguns pré-requisitos, como:

  • ser Policial Militar concursado do Estado do Rio de Janeiro há, no mínimo, 2 anos;
  • ser um PM enquadrado em bom comportamento;
  • voluntariar-se para fazer um dos dois cursos do BOPE: o CAT ou o COESP;
  • passar por exame médico;
  • passar por exame psicológico.

Para saber quando os processos abrem, é preciso acompanhar a publicação das Normas Reguladoras e do Calendário Anual de Cursos. Essas informações são divulgadas no Boletim Ostensivo da PMRJ, o que ocorre, geralmente, no início de cada ano.

Como é feito o treinamento do BOPE?

O treinamento do BOPE é feito em três meses e meio. Quando questionados, os policiais que passaram por esse processo descrevem que o primeiro mês é o “inferno”. Essa definição é, inclusive, dada também pelo ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel.

Segundo ele, “o aluno dorme em média três horas por noite. Toda comida é negociada por alguma atividade. É mais duro do que aparece no filme. Já houve turmas em que só quatro policiais foram aprovados entre cerca de 50 inscritos”.

Outros momentos também podem ser considerados marcantes por quem passa por essa experiência, como marchar 120 quilômetros a cavalo sem sela e o teste de defesa pessoal, no qual o aspirante luta contra até oito oficiais ao mesmo tempo.

Nesse processo, é comum que os alunos sofram fraturas diversas devido à rigidez e à preparação física exigidas pelo BOPE. Quebrar braços e pernas é o mais comum, mas em 2003 já ocorreu a morte de um aspirante ao cargo, devido a uma hipotermia. Entre algumas dessas atividades de preparação, podemos destacar:

  • treinamentos de tiro de precisão;
  • intervenção tática;
  • situações com artefatos explosivos;
  • operações com o canil do BOPE;
  • treino de tiro.

O treinamento é árduo, mas esses profissionais precisam estar realmente preparados para as situações mais extremas. Eles se dedicam e se entregam de verdade ao processo e a cobrança só faz aumentar o nível de excelência na atuação do grupo.

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