Dicas pedagogicas de como ensianar tabuada às crianças

Dicas pedagogicas de como ensianar tabuada às crianças

Ensinar a tabuada pode ser um grande desafio tanto para pais quanto para professores. Eu mesma me lembro de ter passado por essa fase na escola com bastante dificuldade.

Parecia que eram números jogados sem qualquer sentido lógico, até que alguém encontrou uma forma de me mostrar o “truque” por trás dos números. Acredito que a chave para ensinar a tabuada às crianças é transformar a experiência em algo lúdico e prático. Ao longo dos anos, observei diferentes métodos e algumas estratégias que podem tornar esse aprendizado mais eficiente e, por que não, divertido.

Use jogos para quebrar a monotonia

Quando eu era criança, a simples menção de “tabuada” já me fazia perder o interesse. Mas depois que um professor propôs um jogo de tabuada, tudo mudou. Transformar a memorização em um jogo competitivo, em que a criança possa ganhar pontos ou avançar no tabuleiro, pode fazer toda a diferença. Existem diversos jogos de cartas, aplicativos e até jogos de tabuleiro que envolvem multiplicação. O objetivo é que a criança esteja tão envolvida com o jogo que nem perceba que está decorando a tabuada.

Aqui vai uma ideia simples: crie um bingo da tabuada. Em vez de números sorteados, faça perguntas como “Quanto é 3 x 4?” e os alunos marcam o resultado no cartão. Quem completar uma linha primeiro, ganha. Isso envolve a turma, traz um pouco de diversão e ainda cria um ambiente colaborativo de aprendizado.

Associe a tabuada ao dia a dia

Sempre que possível, tente mostrar como a tabuada está presente no cotidiano da criança. Um exemplo que usei recentemente foi ao fazer compras com meu sobrinho. Enquanto estávamos no mercado, perguntei quantos biscoitos haveria se comprássemos 3 pacotes com 4 unidades cada. Ele fez a conta na hora, e de uma maneira prática, sem que parecesse uma “lição”.

Outra ideia é usar brinquedos. As famosas pecinhas de Lego, por exemplo, são ótimas para mostrar visualmente como funcionam as multiplicações. Se você colocar 2 blocos de 4, pode perguntar: “Quantos blocos temos ao todo?”. Ao permitir que a criança manipule objetos reais, ela visualiza a operação de multiplicação de forma concreta.

Trabalhe com música e rimas

Eu nunca vou me esquecer de uma música que aprendi para decorar a tabuada do 9. Até hoje, se me perguntarem quanto é 9 x 7, vou cantarolar na minha cabeça para lembrar. Incorporar música e rimas no ensino da tabuada ajuda a fixar os números de maneira natural, especialmente para crianças que têm um estilo de aprendizagem auditivo.

Existem várias canções educativas disponíveis na internet, e você pode até criar suas próprias músicas com as crianças. O importante é usar uma melodia que seja fácil de lembrar, algo que fique na cabeça delas como uma canção chiclete. Quanto mais divertida e repetitiva, melhor!

Ensine os “truques” das tabuadas

Algumas tabuadas possuem padrões interessantes que podem facilitar a memorização. Eu, por exemplo, adorava o truque da tabuada do 9, em que os resultados seguem uma sequência: 09, 18, 27, 36, e assim por diante. A soma dos algarismos de cada número é sempre 9 (1 + 8 = 9, 2 + 7 = 9).

Outro exemplo é a tabuada do 5. Basta observar que qualquer número multiplicado por 5 sempre termina em 0 ou 5. Ao identificar esses padrões, a criança começa a perceber que a multiplicação não é um bicho de sete cabeças, mas algo lógico e até previsível.

Reforce a importância da prática constante

Embora seja ótimo variar as estratégias e tornar o aprendizado mais dinâmico, não há como fugir da prática repetida. Lembro que, depois de todos os jogos e músicas, o que realmente fixou a tabuada na minha cabeça foi a repetição. Incentivar as crianças a praticar um pouquinho todos os dias é fundamental.

Eu gosto de sugerir o uso de flashcards para essa prática diária. Eles são fáceis de criar: em um lado, você coloca a operação, e no outro, a resposta. Isso também pode ser feito em formato digital com aplicativos específicos para esse fim. O importante é manter a consistência e a regularidade, sem que a criança sinta isso como uma tarefa pesada.

Mostre que errar faz parte do processo

Quando estava aprendendo, uma das coisas que mais me desanimava era o medo de errar. Por isso, acho essencial mostrar às crianças que errar faz parte do aprendizado. É normal não acertar de primeira, e o erro pode ser uma oportunidade de entender onde está a dificuldade.

Um exemplo que costumo usar é o de jogos de videogame: quando a criança erra em um jogo, ela não desiste; ela tenta de novo até passar de fase. A matemática pode ser encarada da mesma forma. Incentive a persistência e celebre os pequenos avanços ao longo do caminho.

Crie metas e recompensas

Um último ponto, que considero super eficaz, é trabalhar com metas e recompensas. Defina objetivos claros, como decorar uma tabuada por semana, e ofereça pequenas recompensas quando a criança atinge esses objetivos. As recompensas não precisam ser materiais — elogios, adesivos ou até uma sessão de cinema em casa podem ser ótimos incentivos.

O mais importante é que a criança se sinta motivada a continuar, sabendo que seu esforço está sendo valorizado. Isso ajuda a construir a confiança e a tornar o aprendizado uma experiência positiva.

Ensinar a tabuada não precisa ser uma experiência frustrante, nem para quem ensina, nem para quem aprende. Ao adotar diferentes abordagens, como jogos, música, associações práticas e repetição, podemos ajudar as crianças a aprender de maneira mais leve e eficaz. Cada criança tem seu próprio ritmo e estilo de aprendizado, e o papel do educador (ou dos pais) é justamente explorar essas diferenças, buscando a melhor maneira de ensinar.

E você, tem alguma lembrança de como aprendeu a tabuada? Se já passou pela experiência de ensinar, que métodos funcionaram para você? Compartilhe suas histórias!

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