Vale a pena comprar um imóvel em um prédio ainda em construção?
Se você está querendo comprar um imóvel e tem essa dúvida, confira o que é necessário considerar antes de tomar a decisão!
Você conseguiu se manter empregado e manteve uma disciplina financeira para guardar pelo menos um pouco do seu salário a cada mês. Finalmente, conseguiu juntar uma quantidade de dinheiro suficiente para dar a entrada em um apartamento.
Uma pergunta comum para quem vive essa situação é: vale a pena comprar um apartamento ainda em construção?
Você já se pegou pesquisando os preços e a estrutura de alguns imóveis, mas ficou com essa dúvida? Se está pensando em comprar um apartamento em construção, veja o que é importante considerar para tomar a decisão mais acertada.
Apartamento na planta 2022
Esse tipo de imóvel tem como principal vantagem o fato de apresentar um preço reduzido em comparação a imóveis já construídos. Isso acontece porque, nesse modelo, a pessoa que compra ajuda a construtora a financiar os custos da construção.
O prazo médio para que o imóvel esteja totalmente pronto é de três anos, sendo possível financiar um terço do valor total to imóvel durante esse tempo. Nessa etapa, os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Esta é uma taxa de inflação da construção civil, calculada a partir dos custos de material e serviços, que incide sobre cada parcela e sobre o saldo devedor mensalmente.
Quando o imóvel já está construído, não é possível parcelar a entrada — as instituições bancárias exigem que esta (que corresponde de 20% a 30% do valor total do imóvel) seja paga à vista.
Outra vantagem de comprar um imóvel na planta é a oportunidade de escolher cada detalhe: os materiais que serão utilizados em janelas, pisos, portas, acabamentos, entre outros exemplos. Ter instalações novas também é uma vantagem, como, por exemplo, toda a fiação e parte elétrica, que já serão entregues nos padrões atuais.
Riscos e desvantagens
Como todo imóvel, esse tipo também traz algumas desvantagens ou riscos. O primeiro é que não há garantias de que o imóvel vai se valorizar — é possível, mas isso depende muito do cenário econômico e dos ciclos do mercado imobiliário. Além disso, há o risco de o resultado final ser diferente do que foi prometido nas maquetes iniciais, o que acaba provocando muita decepção nos compradores.
O maior risco é o de a construtora simplesmente não concluir a construção e o comprador não receber o imóvel. Se isso ocorrer, prepare os nervos e contrate bons advogados para buscar o ressarcimento.
Para evitar isso, pesquise muito bem qual é o histórico da construtora no mercado, se ela está respondendo processos e/ou se tem dívidas pendentes. Mesmo acionando advogados, se o imóvel não for entregue, o comprador pode enfrentar muitos problemas se a construtora estiver falida.
Não se esqueça de analisar com cautela todos os pontos do contrato para evitar surpresas desagradáveis futuramente. Vale lembrar que a lei permite às construtoras atrasar a entrega da obra em até 180 dias além do combinado (a pessoa que comprou o imóvel ganha direitos na justiça a partir desse prazo). Se a obra atrasar, você vai precisar alterar o seu planejamento e permanecer no imóvel em que está morando ou buscar outro até que as obras sejam finalizadas.
Por fim, é preciso ficar atento a todos os custos envolvidos, desde os valores das parcelas até os índices negociados e estabelecidos no contrato. Se houver mudanças significativas na economia do país, você pode acabar tendo custos mais altos do que o inicialmente planejado. Além disso, é importante considerar todas as taxas administrativas e possíveis gastos (o valor das parcelas não envolve todos os gastos).
Ao optar por comprar um imóvel na planta, é importante fazer visitas esporádicas à obra e verificar se o que foi acordado nos contratos está sendo feito. É bom demonstrar à administradora que você está acompanhando o trabalho dela e sabe o que está definido no contrato.
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